ADANPP - Associação de Dança de Presidente Prudente e Região

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terça-feira, 12 de abril de 2011

ADANPP na revista "Dança Brasil"

Uma Associação de Dança nasce no interior de São Paulo
Por Ricardo Orso*

Toda espécie que não conquista seu espaço está fadada à extinção, entretanto endemicamente instaladas as espécies ainda precisam de certas sofisticações em seu projeto de vida, tais quais permitam manterem-se como uma unidade concorrente num conjunto previsto muito maior que seu projeto individual. Por tanto práxis e conteúdo são a mesma coisa quando o projeto é arte, sobremaneira dança, tanto mais no Brasil que impele seu componente-artista- a ser criador (criativo) também fora do palco/cena, para nas condições adversas em  que  opera dar forma aos seus experimentos e investigações cênicos. Considerar a vertiginosa aceleração das infovias e as também céleres dispersões que a gestão de um projeto artístico se caracteriza na contemporaneidade ,revela, antagonicamente, o ensino de dança (tanto nas instâncias primárias das academias de ballet quanto nos cursos de graduação e extensão superiores, em todas as inserções: musicais, vídeo-clip, show, para não dizer apenas entretenimento) como o segmento que mais  cresceu na última década, eis a binaridade ausente desenvolvimento/conceito. Afinal a conquista de um espaço - seja ele geográfico ou conceitual- implica primeiramente em sua descoberta e conseguinte nos requintes organizacionais que determinarão as condições verdadeiramente necessárias para que tal espaço seja pontual no conjunto complexo em que se instaura.  Os projetos, dependem quase em sua totalidade, da relação contigua com o tempo, da mesma forma que hipóteses sistemicamente abastecem idéias, portanto programas de ensino de dança que não pretendem, no mínimo a permanência, dificilmente sobreviverão.  Sendo assim, parece de especial interesse saudar as iniciativas que congregam saberes numa agremiação, sejam elas, publicações, intercâmbios, seminários, festivais, ou, documentação de um itinerário histórico (diacronia) como estratégia de difusão e fortalecimento político. Tais ilustrações  parecem tomar sua forma na Adanpp, Associação de Dança de Presidente Prudente e região, 580 km a oeste de São Paulo, com meia dúzia de academias de ballet, um conservatório, um centro e uma oficina cultural municipais, um anfiteatro, cursos nos clubes tradicionais, projetos sociais que contemplam dança, um programa disciplinar nos cursos de Educação Física, público (UNESP), privado (Unoeste),o segundo com uma Cia experimental. Além disso, é cidade natal de notórios como Marcos Bragato, Ana Bottosso (diretora da Cia de Diadema), Luis Fernando Bongiovane (coreógrafo do B.C.S. P), Arehy Silva, Osney de Oliveira e Diógenes Ribeiro, tem, portanto, tempo apreciável de tradição na iniciação de artistas, entretanto com economia baseada na pecuária Presidente Prudente fomentou apenas uma única vez (1998), um projeto de Cia profissional de dança. “Esperamos com a associação fortalecer todas as iniciativas para a dança na região” declaram em uníssono Beth Libório, presidente, Helga Urel vice-presidente e Dulce Cinta secretária, da Adanpp, todas bailarinas e professoras. Como fortalecer é sinônimo de formalizar, a associação já consta como pessoa jurídica, e ao completar seu primeiro aniversário realizou dias 26 e 27 de junho a segunda edição de um festival, o II Adanpp em Movimento, tendo como epigrafe “fazendo da dança um movimento consciente e organizado!”. O mote não poderia ser mais apropriado aos trabalhos apresentados por: Assis, Alfredo Marcondes, Alvarez Machado, Marília, Pirapozinho, Presidente Venceslau, Presidente Epitácio, além de Presidente Prudente. Aulas de ballet e dança contemporânea foram oferecidas aos participantes e ministradas pelos integrantes do júri Daniel Mendonça e Farley Firenze. Embora o festival siga o paradigma geral: atribuição de notas e premiação com troféu, seu objetivo precípuo é intercambiar os atores de dança da região (muitos sequer com Teatros em suas cidades). Resta agora a Adanpp, fortalecer suas adesões com uma orientação que atenda interesses mais plurais do que a prestação de serviços, como, aliás, o ensino de dança é encarado em todo pais, e, sendo bastante elementar para uma associação, representar, sobretudo juridicamente, sua categoria laboral. Do bom e incipiente augúrio pode também brotar uma interseção com projetos de envergadura similar como a Casa Hoffmann em Curitiba, a Funcart em Londrina, a Escola de Bailado de Ourinhos, e as cias profissionais de Ribeirão Preto e São José do Rio Preto. De esta tarefa suplementar partir para o fortalecimento institucional, via editais e parcerias em níveis estadual e federal, para não incorrer nas iniciativas solitárias impugnadas pelas municipalidades engessantes (a associação não conta com nenhuma participação da prefeitura local), para só assim configurar-se como pólo de disseminação de conhecimento, formação permanente e sobretudo criação artística. 
*Ricardo Orso, é bailarino(DRT14177),coordenador pedagógico da Especial Academia de Ballet-SP, coordenador do departamento de dança do SEMEARTE-Setor Municipal de Ensino de Arte-da Fac-Fundação Assisense de Cultura-Assis-S.P.Integra o Conselho Editorial da Revista Dança Brasil



4 comentários:

  1. Ricardo estou com saudades por onde ama você. ..

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  2. Ricardo estou com saudades por onde ama você. ..

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  3. Ricardo estou com saudades. .. de noticiar tem Facebook? Sou de São Paulo estudamos no magistério juntos moro no Brás são Paulo. Bj

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